Estudantes de Sapucaia do Sul têm educação especializada

Quem vê o pequeno Lohan da Silveira, 4, conversando e brincando com o amigo Joaquim Prass, 4, não imagina que no início do ano ele tinha dificuldade de interagir com os colegas. Alunos da Escola Municipal de Educação Infantil Romana Gonçalves Alves, de Sapucaia do Sul, eles têm o Atendimento Educacional Especializado-AEE na Sala de Recursos Multifuncionais da instituição.

Foto: Divulgação PMSS
Além de Lohan e Joaquim, outras nove crianças da escola frequentam a sala. Mas este não é um privilégio apenas desta instituição. Ao todo 480 estudantes são beneficiados com o atendimento especializado no Município, realizado nas Salas de Recursos Multifuncionais implantadas em três escolas de educação infantil, e 17 escolas de ensino fundamental, todas da rede municipal.

As salas foram criadas para atender, no turno inverso ao das aulas, estudantes com diferentes deficiências intelectual, sensorial e física, e com transtorno global de desenvolvimento ou altas habilidades/superdotação. No caso da educação infantil, o atendimento ocorre não apenas para crianças com diagnóstico de deficiência, mas, também, para aquelas que apresentam algum atraso no desenvolvimento, como forma de prevenção. A professora Lorena Mayca, que trabalha na sala de recursos da EMEI Romana, explica que o atendimento ocorre em parceria com as professoras titulares. “As crianças frequentam a sala de uma a duas vezes por semana, conforme a necessidade. Aqui, por meio de jogos e brincadeiras, buscamos estimular suas funções neurais, para que elas construam o conhecimento, a aprendizagem. Mas o trabalho não se resume a sala, ele ocorre junto com a professora da criança”, disse.

E tem sido assim, por meio de jogos e atividades educativas, que Lohan tem melhorado seu desenvolvimento. A mãe do menino, Fatimara Ortiz, 45 anos, conta que por conta de problemas na gravidez, teve medo que o filho tivesse problemas de aprendizagem. “Quando entrou na escola, ele não interagia e não sabia dividir, e a professora não entendia o que ele falava. Com o atendimento na sala, notei que ele cresceu, ele mudou, amadureceu. Agora ele é independente”, comemora Fatimara.

Mãe de Joaquim, Caren Freitas, 31, também percebeu mudanças no filho. “Ele teve uma adaptação muito difícil, e dificuldades de socializar na escola. Ele quer brincar com outras crianças, mas não sabe como. Mas, felizmente, ele já teve avanços, está conversando mais e se expressando melhor”, contou.

Texto:Comunicação Social PMSS