Prefeitura, moradores e policiais unem esforços no combate à criminalidade em Canoas

Uma iniciativa que une ações da Secretaria Municipal de Segurança Pública e Cidadania (SMSPC), de moradores do Bairro São Luiz e dos órgãos policias é exemplo de como o cumprimento das atribuições de cada setor da sociedade contribui para o controle e a redução da criminalidade.

Crédito da Foto: Alisson Moura

A troca de informações entre vizinhos, com a equipe da SMSPC e com agentes das Polícias Civil e Militar, em um grupo no WhatsApp, está entre as primeiras ações tomadas para alterar a realidade de insatisfação da comunidade em relação à situações de roubos e furtos.

Ao se organizarem para compartilhar os relatos das situações suspeitas, monitorados pela SMSPC e pelas Polícias, os moradores passaram a exercer a cidadania; o poder público, a contribuir para melhorar os serviços que interferem na segurança; e as polícias, a terem a possibilidade do trabalho mais efetivo e rápido. O resultado, com esta união de esforços é a redução das ocorrências.

O secretário municipal de Segurança Pública e Cidadania, Adriano Klafke, esclarece que o foco no uso do WhatsApp não é o mesmo do disque-denúncia. A ideia é "multiplicar olhos".
O encaminhamento da solução do problema teve início com moradores levando a reclamação ao Prefeitura na Rua. No evento, representantes do bairro foram orientados a, primeiramente, fazer o registro das ocorrências, fundamental para a tomada de providências. As ações conjuntas vieram na sequência.

Menos crimes

"O bairro ficou mais calmo. Os assaltos diminuíram", comenta o morador Cláudio Fonseca, dizendo que ocorriam de três a quatro assaltos por dia na comunidade. Ele afirma que eles ainda ocorrem eventualmente, mas reconhece que houve redução e que este resultado só foi possível pela mobilização comunitária; pelas soluções de infraestrutura que o poder público disponibilizou, como intensificar a atuação da Guarda Municipal com rondas e com reuniões comunitárias para orientações preventivas, a revitalização da praça do bairro e a iluminação em alguns locais, e à atuação dos órgãos policias.

Segundo Fonseca, compartilhando informações online já foi possível identificar um carro furtado e evitar que uma casa fosse invadida. "Um domingo à noite, uma vizinha visualizou alguém tentando entrar na casa de uma senhora de 70 anos. Ela postou a informação na rede e agentes de GM e da BM foram rapidamente ao local para averiguar e orientar a moradora. O provável assalto foi evitado", destaca.

O morador relata outra situação. A praça que fica na esquina da Rua Engenheiro Rebouças com a Rua Itapeva, antes era tomada por marginais e evitada pela comunidade. "Hoje, depois de revitalizada pela Prefeitura, é espaço para rodas de chimarrão frequentes e para as crianças brincarem com mais tranquilidade."

Alarme comunitário em teste

Cláudio opina que a tendência é que a criminalidade diminua ainda mais no São Luís, com a iniciativa da SMSPC de instalar o alarme comunitário, que está em fase de teste no local.

Klafke explica que o alarme comunitário é uma ferramenta que se soma às estratégias para coibir a aproximação de criminosos. Uma central foi instalada e identificada na praça do bairro. Dez moradores do entorno receberam um controle para disparar o alerta que avisa aos vizinhos situações suspeitas. Em 30 segundos, automaticamente, uma mensagem de texto também é enviada para a equipe da Sala de Monitoramento da SMSPC.

Esta mesma equipe acompanha, em um telão, a troca de mensagens pelo WhatsApp, podendo acionar as viaturas da GM, solicitar apoio da BM sempre que necessário. Estas informações complementarão o trabalho de monitoramento feito por câmeras, que em breve será implantado na região. Três equipamentos serão instalados. Este processo está em fase de estudo de localização e o início das obras está previsto para a primeira quinzena de outubro.

Outros bairros adotam a iniciativa

A experiência do São Luis já é replicada nos bairros Moinhos de Vento e Fátima, onde as primeiras reuniões comunitárias ocorreram e grupos de WhatsApp foram criados.
"Isto concretiza a ideia de que segurança pública se faz a partir de um conjunto de ações, que vão além da presença da polícia na rua e de prisões. A participação da comunidade é fundamental" destaca Klafke, que salienta que as ações fazem parte do programa Cidadão da Paz, da SMSPC.

Roseli Ferraz, que há 39 anos vive no Fátima, afirma que a primeira reunião comunitária foi muito produtiva. "Mais de cem pessoas participaram", menciona, destacando que haverá mobilização parecida com a do São Luís. "Fundaremos uma associação de moradores e criamos um grupo no WhatsApp e no Facebook. Já estou com uma sensação diferente, de mais segurança", declara, acrescentando que a comunidade já teve retorno da GM e da BM na abordagem de pessoas suspeitas circulando no bairro. Ela diz ainda que, como em outros lugares, a criminalidade no Fátima havia aumentado. Mas ela se diz satisfeita com esta iniciativa de enfrentamento e observa bons resultados.


Crédito da notícia: Jornalista Rosilaine Pinheiro - MTE 17242

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