Canoas mais protegida contra os alagamentos

A chuva, que atingiu 180 milímetros entre 16 e 24 de setembro, quando o esperado para todo o mês era de 139 milímetros, teve seus efeitos reduzidos em Canoas, graças a investimentos permanentes e a ações preventivas. Contribuíram para isso, a modernização das casas de bombas, com a construção de um extravasor na CB 7, ações permanentes de limpeza e monitoramento dos canais e bocas de lobo e investimentos de cerca de R$ 156 milhões em galerias pluviais nos últimos seis anos.

No Mathias Velho, por exemplo, a solução de problemas históricos de alagamentos já é reconhecida pela comunidade local.

O aposentado Celso Pagnussat, que mora há mais de 30 anos no Bairro Mathias Velho, onde é delegado e conselheiro do Orçamento Participativo, lembra que enfrentou a primeira grande enchente quando se mudou para o local. "Os diques amenizaram a situação, mas a população cresceu e a água, o fluxo e o esgoto, tudo aumentou. Havia vezes que saía de casa descalço, levando o sapato, para colocar quando estivesse em lugar seco", conta Celso. "Nestes últimos dias, com todas as chuvas, está tudo tranquilo", comemora.

Proteção

Além dos diques, que protegem a cidade em bairros próximos aos rios, as obras e ações para proteção contra as chuvas na cidade incluem canais de macrodrenagem, redes de microdrenagem e uma rede de sete casas de bombas. A oitava está em construção no Mathias Velho. Nos últimos seis anos, investimentos estratégicos permitiram intensificar as obras de galerias, canalizações e a modernização das casas de bombas, que aperfeiçoaram esse sistema de macrodrenagem.

Nos últimos seis anos, as canalizações e revestimentos de canais somam investimentos superiores a R$ 156 milhões.

Nova realidade no bairro Rio Branco

As galerias do bairro Rio Branco, inauguradas pela Prefeitura em 6 de setembro, foram aprovadas no seu primeiro grande "teste". Na mais recente chuvarada, os moradores das ruas Edgar Fritz Müller, Alcides Nascimento (foto), Pistóia, Ana Nery e arredores já ficaram livres dos alagamentos, que também prejudicavam o trânsito na região. Foram investidos R$ 4,55 milhões nessas obras, com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC1) e contrapartida de R$ 1,73 milhão do Município.

Prevenção e consciência

Ainda que o sistema seja eficiente, há casos pontuais de alagamentos em função de obstrução nas redes, principalmente, por descartes inadequados de lixo ou erosões. Para evitar isso, existe um trabalho sistemático de limpeza e de hidrojateamento de redes e valas. Desde o início deste ano, já foram limpas 16.984 bocas de lobo nas quatro regiões da cidade.

Ações de educação ambiental são realizadas em escolas e comunidades, orientando sobre o descarte adequado dos resíduos não domésticos. O Município planeja, ainda, a criação de Comitê de Prevenção a Alagamentos, que vai facilitar a identificação de responsabilidades e a criação de procedimentos durante as chuvas mais intensas.

Obras estruturais concluídas

Vala da Irineu - galerias da Edgar Fritz Müller, Alcides Nascimento, Pistóia e Ana Nery (Rio Branco)

Vala da Irineu - rede pluvial Büttenbender (Fátima)

Vala do Leão - galeria pluvial da Rua São João (Harmonia)

Vala do Leão - trechos 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7

Galeria da Rua José Maia Filho (Harmonia)

Canalização da vala paralela ao Loteamento Prata (Fátima)

Nova rede de drenagem na Rua Aurora - Polígono Liberdade (Igara)


Crédito da notícia: Jornalista Ronaldo M. Botelho - MTE 9485

Comentários